segunda-feira, 13 de julho de 2015

Silenciosamente





"Na superfície da Terra, exatamente agora, há guerra e violência e tudo parece negro. Mas, simultaneamente, algo silencioso, calmo e oculto está acontecendo e certas pessoas estão sendo chamadas por uma luz mais elevada. Uma revolução silenciosa está se instalando de dentro para fora. De baixo para cima.
É uma operação global. Uma conspiração espiritual. Há células dessa operação em cada nação do planeta.
Vocês não vão nos assistir na TV. Nem ler sobre nós nos jornais. Nem ouvir nossas palavras nos rádios. 
Não buscamos a glória. Não usamos uniformes. Nós chegamos em diversas formas e tamanhos diferentes. Temos costumes e cores diferentes.
A maioria trabalha anonimamente. Silenciosamente trabalhamos fora de cena, 
em cada cultura do mundo. Nas grandes e pequenas cidades, em suas montanhas e vales. Nas fazendas, vilas, tribos e ilhas remotas.
Você talvez cruze conosco nas ruas. E nem perceba... Seguimos disfarçados. Ficamos atrás da cena. E não nos importamos com quem ganha os louros do resultado, e sim, que se realize o trabalho.
De vez em quando nos encontramos pelas ruas. Trocamos olhares de reconhecimento e seguimos nosso caminho. Durante o dia muitos se disfarçam em seus empregos normais. Mas à noite, por atrás de nossas aparências, o verdadeiro trabalho se inicia.
Alguns nos chamam do Exército da Consciência. Lentamente estamos construindo um novo mundo. Com o poder de nossos corações e mentes, seguimos com alegria e paixão. Nossas ordens nos chegam da Inteligência Espiritual e Central.
Estamos jogando bombas suaves de amor sem que ninguém note; poemas, abraços, músicas, fotos, filmes, palavras carinhosas, meditações e preces, danças, ativismo social, sites, blogs, atos de bondade...
Expressamo-nos de uma forma única e pessoal. Com nossos talentos e dons. Sendo a mudança que queremos ver no mundo, essa é a força que move nossos corações. Sabemos que essa é a única forma de conseguirmos realizar a transformação. Sabemos que no silêncio e humildade temos o poder de todos os oceanos juntos. Nosso trabalho é lento e meticuloso. Como na formação das montanhas.
O amor será a religião do século 21. Sem pré-requisitos de grau de educação. Sem requisitar um conhecimento excepcional para sua compreensão. Porque nasce da inteligência do coração. Escondida pela eternidade no pulso evolucionário de todo ser humano. 
Seja a mudança que quer ver acontecer no mundo. Ninguém pode fazer esse trabalho por você. Nós estamos recrutando.
Talvez você se junte a nós. Ou talvez já tenha se unido. Todos são bem-vindos. A porta está aberta."

Autor desconhecido

segunda-feira, 22 de junho de 2015


A Finlândia tem muito a ensinar

Sem alarde, como é de seu estilo, o país nórdico, símbolo da excelência no ensino, lidera o movimento global para revolucionar a sala de aula e criar as bases da escola para o nosso tempo





ALTA AMBIÇÃO - Escola finlandesa: a ousada reforma no currículo busca manter o país no topo
ALTA AMBIÇÃO - Escola finlandesa: a ousada reforma no currículo busca manter o país no topo(Gilberto Tadday/VEJA)
Na década de 70, a Finlândia decidiu promover uma virada crucial no ensino. Era um tempo em que metade da população ainda vivia na zona rural e a economia dependia das flutuações do preço da madeira - passado que soa remoto diante do atual desempenho do país na corrida global: a chamada "terra dos 1 000 lagos" (exatamente 187 000) e dos 2 milhões de saunas (uma para cada 2,7 habitantes) desponta entre os cinco primeiros nos rankings mundiais de competitividade, inovação e transparência. Sua capital lidera o mais recente teste de honestidade da revista Reader's Digest, baseado em quantas de doze carteiras com 50 dólares deixadas em lugares-chave pela revista foram entregues de volta a seus donos ou à polícia. Em Helsinque, onze das doze carteiras foram devolvidas - no Rio de Janeiro, quatro, o mesmo número de Zurique.


Finlândia 7X0
(VEJA.com/VEJA)

Não espere encontrar na Finlândia a rigidez típica de outros campeões do ensino, como Coreia do Sul ou China. Enquanto a palavra de ordem na Ásia é estudar noite e dia, nessas bandas da Escandinávia a rotina escolar é mais suave, com jornadas de cinco horas e lição na medida certa para sobrar tempo para "relaxar" - esse é o verbo de que os finlandeses gostam. Que não se confunda isso com indisciplina ou pouca ambição. Foi só a Finlândia perder posições no ranking da OCDE (ficou em sexto lugar no último) e o exame nacional mostrar certa queda para soar o alerta e o rumo ser corrigido. Os novos tempos são de construção do conhecimento em rede, uns colaborando com os outros, como nas rodas acadêmicas. Também é visível a mudança na condução da aula pelo professor, que às vezes nem mesa tem; a ideia é que ele palestre menos e guie mais o voo dos estudantes. Os mestres não são coadjuvantes, como em muitas experiências que se autointitulam inovadoras, mas o centro de uma reviravolta sustentada em delicado equilíbrio. "O segredo está em não achar que flexibilidade é o mesmo que anarquia", pondera a doutora em educação Kristiina Kumpulainen, da Universidade de Helsinque.
A tarefa de saber qual conteúdo deve sobreviver à afiada peneira deste século não é simples, mas vem sendo testada com sinais de sucesso, e não só na Finlândia. Também na vanguarda do ensino, o distrito de Colúmbia Britânica, no Canadá, encontra-se em pleno processo de separar o descartável do essencial. "Com uma grade de matérias tão pesada, as crianças não estavam aprendendo a pensar", reconhece Rod Allen, envolvido na missão de reescrever o currículo. Os canadenses continuarão a estudar os fundamentos da democracia grega e por que todos os caminhos levavam a Roma, mas não precisarão mais "sobrevoar", como diz Allen, todas as civilizações da Antiguidade. "No lugar de cinquenta tópicos mal absorvidos, vamos agrupá-los em dez ou doze grandes áreas, enfatizando os conceitos realmente valiosos", explica ele, que ainda esclarece: datas, pessoas e eventos importantes seguem firmes na cartilha. O Japão percorre trilha semelhante. Enxugou em 30% seu currículo para ceder espaço às habilidades tão em voga. Não há nada de modismo aí. Os japoneses perceberam que os postos de trabalho que envolvem atividades rotineiras e baseadas em um único tipo de conhecimento estão sendo varridos por aqueles movidos a desafios mais imprevisíveis e complexos, que exigem flexibilidade de pensamento e de postura. Mas em um ponto ninguém mexe: ler um livro por semana foi, é e sempre será sagrado.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/a-finlandia-tem-muito-a-ensinar

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Jovens criam manifesto por melhorias na educação

Mapa do Buraco reúne os principais gargalos e desafios do ensino público no Brasil; documento é um convite para a mobilização social


Quem disse que o setor público é o único responsável pela qualidade do ensino no país? Acreditando que a população tem um peso fundamental para cobrar melhorias na área, um grupo de dez jovens brasileiros, a maioria deles com passagem por Harvard, nos EUA, criou um manifesto que aponta os principais gargalos e desafios da educação pública no Brasil. Intitulado de Mapa do Buraco, o documento busca mobilizar a discussão sobre a qualidade da educação em diversos setores da sociedade.
Elaborado a partir de entrevistas com mais de cem lideranças nacionais, entre eles o empresário Jorge Paulo Lemann e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o documento aborda temas como a carreira docente,  currículo, déficit educacional, gestão e investimento. Segundo o relatório, embora o país tenha avançado para universalização do ensino fundamental e médio nas últimas décadas, os resultados de avaliações educacionais ainda apontam para a falta de equidade e qualidade na educação pública brasileira.
crédito bigpa / Fotolia.com

Distante de propor diretrizes ou planos de longo prazo, o manifesto busca tratar o tema como uma necessidade urgente. “As pessoas tendem a pensar na educação como um problema de longo prazo. Não é para amanhã. É para agora. O documento mostra essa urgência e a população tem um papel absoluto para promover essa mudança”, defendeu a Lígia Stocche, 24, estudante de engenharia de materiais na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e uma das integrantes fundadoras do movimento.
De acordo com ela, que já estudou em Harvard e no MIT, o manifesto parte exatamente dessa necessidade de conscientizar a sociedade de que os problemas e desafios da educação são uma responsabilidade de todos. No documento, o setor público, a sociedade civil, os professores e representantes de ONGs, fundações e centros de pesquisa são apontados como os principais agentes de mudança, exemplificando e delimitando a atuação de cada um. “Se você entende a sua responsabilidade nisso, você faz alguma coisa. A partir do momento que população cobra, faz e pede, [o assunto] se torna algo mais discutido”, defendeu Stocche.
Desenvolvido de forma apartidária, o documento também pretende pautar as discussões políticas e eleitorais. Após mobilizar a população sobre a importância do tema, os jovens idealizadores devem entregar o manifesto para candidatos à presidência e aos governos estaduais.  “A gente tem a esperança que pessoas das mais distintas posições [políticas] e opiniões venham abraçar a causa.”
Resistências e caminhos
Um dos aspectos mencionados no Mapa do Buraco é importância de atrair o jovem para a escola. Segundo o documento, “o modelo atual apresenta um currículo sobrecarregado e pouco atrativo.” Diante desse cenário, a resistência a mudanças é um dos caminhos que deve ser superado pela educação brasileira. O documento ressalta a necessidade de trabalhar com um modelo de escola que atenda as necessidades do século 21, levando em consideração as transformações tecnológicas e a forma como as pessoas estão se apropriando das informações e da educação.
“A partir do momento que o jovem vê a educação como um caminho, ele já se sente mais motivado. A gente precisa mostrar que educação é um caminho que pode levar ele muito longe. O ensino médio costuma ter uma evasão muito alta porque os jovens não enxergam [a escola] como um caminho para levar a outros lugares.”
Cases de sucesso
Para mostrar que é possível promover mudanças na educação pública brasileira, o relatório traz o exemplos de escolas e municípios que conseguiram melhorar os resultados de aprendizado entre os seus alunos. Um dos casos citados é o Programa Escolas do Amanhã, criado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, que utiliza um novo modelo de gestão de parcerias para integrar a comunidade e o cotidiano como uma extensão do espaço escolar. No total, a iniciativa abrange 155 escolas de ensino fundamental que estão localizadas em áreas recém-pacificadas da cidade.
Outro exemplo apresentado é o do Programa Alfabetização na Idade Certa, implantado no município de Sobral, no Ceará, e expandido para todo o estado em 2007. Quando a iniciativa assumiu âmbito estadual, em 2007,  32% de alunos cearenses no 2o ano do ensino fundamental não tinham sido alfabetizados. Após cinco anos, com o oferecimento de materiais pedagógicos e o investimento na formação de professores, a porcentagem de alunos não alfabetizados caiu para 2.1%. “Muita gente nem sabe que existem casos de sucesso na educação pública brasileira”, destacou Lígia Stocche.
Para acompanhar as discussões sobre o tema, os jovens lançaram uma página no Facebook, onde divulgam informações e vídeos com depoimentos de entrevistados consultados para a composição do relatório.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Para 47% dos jovens, o bom professor usa tecnologia




Na opinião de 47% dos jovens brasileiros, um bom professor é aquele que sabe utilizar a internet e os recursos tecnológicos para ajudar no aprendizado dos alunos. É o que mostra a pesquisa Juventude Conectada, realizada pela Fundação Telefônica Vivo em parceria com o Ibope, o Instituto Paulo Montenegro e a Escola do Futuro, da USP, e divulgada hoje (27) no Ria Festival, evento de cultura digital promovido pela fundação, em São Paulo.
Esse número pode ser justificado pelo crescente uso que os jovens fazem da internet e dos recursos tecnológicos para realizar atividades educativas, seja nas instituições de ensino ou em casa. Segundo o levantamento, 75% dos jovens dizem já ter utilizado a internet na escola para atividades propostas em aula – e 68% deles declaram ter utilizado na escola por iniciativa própria.
crédito cienpiesnf / Fotolia.comPara 47% dos jovens, o bom professor usa tecnologia

O número sobe para 82% quando se refere à utilização da internet no âmbito doméstico para a realização de atividades propostas em sala. E 77% dos jovens afirmaram que já utilizaram a internet em casa para fazer trabalhos por iniciativa própria. Isso também se justifica pelo entendimento que os jovens fazem do uso da internet, que possibilita que o aprendizado seja realizado em ritmos, horários e locais diferentes, de acordo com as necessidades e preferencias de cada um, segundo 44% dos entrevistados.
Assim, é possível justificar a preferência dos estudantes por professores que fazem uso de tecnologias de informação e comunicação em sala de aula, por estarem mais alinhados tanto com o modo quanto com as ferramentas que os próprios jovens escolhem para estudar quando estão sozinhos.
Relação com os professores
Outro dado interessante apontado pela pesquisa é que os jovens conectados já estão percebendo uma das principais tendências no que diz respeito ao papel do professor na educação contemporânea. 38% deles acreditam que, no futuro, o professor passará a ser mais um orientador dos estudos, assumindo funções de tutor e curador, e não mais unicamente um transmissor de conhecimentos.
Essa percepção dos jovens sobre o papel dos docentes casa muito bem com outros dois dados da pesquisa que reforçam a necessidade do professor assumir esse papel de orientador. Em um deles, 33% os entrevistados dizem que a internet muitas vezes atrapalha a aprendizagem, pois as redes sociais e os games distraem o aluno, reduzindo seu tempo de estudo. E em outro, 24% afirmam que na internet tem muita informação, o que dificulta a seleção do melhor conteúdo.
crédito ReproduçãoPara 47% dos jovens, o bom professor usa tecnologia

“Vemos como a percepção da realidade dos jovens é boa. As perguntas que antes eles faziam para o professor, hoje são feitas para a internet e respondidas por ela. Logicamente o papel do professor tem que ser outro. É bacana ouvir isso dos jovens”, afirma Gabriella Bighetti, presidente da Fundação Telefônica Vivo, que também ressalta outro ponto de grande relevância: “não é só o papel do professor que está mudando com a tecnologia, mas sua relação com os alunos também. Segundo os jovens, se o professor estiver conectado isso ajuda no relacionamento entre eles. É uma questão de confiança”, completa.
A afirmação de Bighetti está baseada na resposta de 38% dos jovens ouvidos no levantamento que disseram que a tecnologia pode contribuir para melhoria da relação entre professores e alunos. E isso acontece inclusive fora da sala de aula: eles destacam positivamente os professores que compartilham material didático nas redes sociais, blogs, emails e tiram dúvidas pela internet.
Além de educação, a pesquisa completa também aborda o comportamento da juventude conectada nas áreas de ativismo, empreendedorismo e comportamento. No total, foram ouvidos 1440 jovens de 16 a 24 anos, que fazem uso regular da internet, em todas as cinco regiões do Brasil.

domingo, 6 de julho de 2014

Para brasileiros, tecnologia unirá aluno e professor

Pesquisa revela expectativas em relação a inovações e mostra visão otimista sobre recursos educacionais tecnológicos

Entre os benefícios que o uso adequado da tecnologia pode trazer para as salas de aula, a expectativa é que isso também deixe mais próxima a relação entre professores e alunos. Segundo dados do estudo realizado pela Penn Schoen Berland, empresa norte-americana de pesquisa de mercado e consultoria, encomendado pela Intel, 65% dos brasileiros entrevistados acreditam que a tecnologia vai estreitar os laços dessa relação.

Um dos motivos para isso, segundo 79% dos brasileiros ouvidos, está relacionado ao tempo que o professor passa com cada aluno. Para eles, os recursos tecnológicos como softwares educacionais e plataformas adaptativas vão permitir que o docente aumente sua percepção sobre os interesses e as dificuldades individuais dos estudantes.
crédito ra2 studio / Fotolia.comPara brasileiros, tecnologia unirá aluno e professor
O levantamento chamado Global Innovation Barometer entrevistou 12 mil pessoas em oito países (Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália e Japão), com o intuito de entender a percepção delas e traçar suas expectativas sobre o impacto da tecnologia e da inovação nas áreas da educação, saúde, emprego e vida urbana.
O recorte da educação, nomeado de Classroom of the Future (sala de aula do futuro, em tradução livre), revelou que os brasileiros são otimistas em relação a aplicação e uso de tecnologias educacionais e que acreditam que elas podem elevar a qualidade dos sistemas de ensino. Enquanto 69% do total de entrevistados defendem que escolas e professores usem mais recursos educacionais tecnológicos em sala de aula, entre os brasileiros o número sobe para 77%.
“O brasileiro tem um perfil bastante otimista em relação a tecnologia. Essa atitude é positiva quando consideramos sua relação com a educação, pois por meio da tecnologia é possível investir na próxima geração que será mais empreendedora e pautará a inovação dentro da nossa sociedade, desde a escola”, disse Edmilson Paoletti, gerente de desenvolvimento de negócios para educação da Intel, em comunicado oficial.
Sobre como imaginam a sala de aula daqui a 10 anos, a aposta de 60% dos brasileiros entrevistados é que não vão mais existir provas impressas, que todas as avaliações serão realizadas virtualmente. Pouco mais da metade (55%) acredita que as alunos do ensino fundamental são os que mais vão usar os recursos tecnológicos e 82% veem as atividades on-line ganhando espaço na  complementação dos estudos iniciados em sala com o professor.
A pesquisa foi apurada entre julho e agosto de 2013, pela internet. Os primeiros dados disponibilizados podem ser encontrados aqui, em inglês.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Filmes e Documentários sobre Educação




A Educação Proibida
A Educação Proibida é um documentário que questiona as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a educação, revelando diferentes experiências educativas não convencionais de oito países.
O documentário lança um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola. Financiado coletivamente, o filme teve lançamento mundial simultâneo.
Assista ao filme na íntegra (em inglês, com legendas em português):
Quando sinto que já sei
O documentário Quando sinto que já sei pretende levantar uma discussão sobre o atual momento da educação no Brasil. “Decidimos explorar novas maneiras de aprender que estão surgindo e se consolidando no país, baseadas na participação e na autonomia de cada pequeno ser humano”, escreveu um dos diretores, Antonio Sagrado Lovato.
O documentário conta com cerca de 50 entrevistas com crianças e jovens que estudam em escolas com modelos educativos inovadores, além de conversas entre pais, educadores, professores, diretores de sete projetos educativos que apontam novos caminhos para a educação brasileira.
Assista ao trailer:
Schools of trust [Escolas da Confiança, tradução livre]
Schools of trust é um documentário sobre escolas democráticas, aquelas que valorizam as escolhas dos alunos. O alemão Thomas Möller, junto com um amigo educador, viajou pela Alemanha, Holanda, Israel, Porto Rico e Brasil para produzir o documentário, que ainda não foi oficialmente lançado.
“O maior objetivo deste projeto é mostrar para as pessoas que existem alternativas para o sistema escolar formal – e queremos mostrar que essas iniciativas podem funcionar, e por que elas podem funcionar”, contou o diretor em entrevista ao site Educ-ação.
Assista ao trailer:
Waiting for Superman [Esperando pelo Super-Homem, tradução livre]
O documentário Waiting for Superman revela os problemas do sistema educacional público nos Estados Unidos. Ele aponta as falhas das escolas dos ensinos fundamental e médio e mostra alternativas à esses fracassos, como o exemplo das “charter schools” – escolas públicas financiadas pelo setor público e privado que têm maior autonomia em relação às escolas públicas tradicionais.
Assista ao filme na íntegra (em inglês sem legendas):
[vimeo]http://vimeo.com/20095459[/vimeo]
Paulo Freire – Contemporâneo
O documentário Paulo Freire – Contemporâneo foi lançado 10 anos após sua morte e é um relato biográfico, que mostra como as ideias do educador sobre pedagogia revolucionaram a educação no Brasil e permanecem atuais. O filme, que resgata o método de alfabetização do educador, conta com entrevistas de familiares, pedagogos e do próprio Paulo Freire.
Assista ao filme na íntegra:
Guarani – Povo da Mata e da universidade
O minidocumentário acompanha o dia de Karay Tataendy, cacique da aldeia Mymba Roká e aluno do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). O curso pretende formar professores indígenas capacitados a compreender questões relacionadas à territorialidade e ao bioma da mata atlântica, além de ressaltar a importância da manutenção das tradições e da língua indígena.
Karay Tataendy é um dois 100 indígenas dos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro que participam da iniciativa.
Assista ao filme na íntegra:


Longas e Documentários Inspiradores



A Sociedade dos poetas mortos, de Peter Weier (1989)
O longa-metragem norte-americano conta a história de um professor de poesia que dribla os valores tradicionais e conservadores da escola onde trabalha e motiva seus alunos a contestarem e serem livres pensadores.
Corrida para lugar nenhum, de Vicky Abeles (2010)
Documentário mostra como a pressão da escola e da família para que os jovens sejam bem-sucedidos traz traumas psicológicos irreversíveis. O filme faz uma crítica à cultura da competitividade e da alta performance vigente na educação dos Estados Unidos.
Pro dia nascer feliz, de João Jardim (2006)
Trata-se de um diário de observação da vida de adolescentes no Brasil em escolas públicas e particulares de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O documentário flagra as angústias e inquietações dos alunos e como eles se relacionam no ambiente fundamental para sua formação.
Escritores da Liberdade, de Richard La Gravenese (2007)
Em um contexto social problemático e violento, uma jovem professora que trabalha em um bairro periférico nos Estados Unidos ensina seus alunos valores de tolerância e disciplina, promovendo uma reforma educacional na comunidade.
A onda, de Dennis Gansel (2008)
O filme alemão conta a história de um professor do Ensino Médio que, ao assumir um curso sobre autocracia, decide proporcionar uma experiência prática que explique os mecanismo de fascismo e poder.  No decorrer do enredo, o longa-metragem aborda o contexto de uma juventude desmotivada e descrente em um futuro diferenciado.
Ser e Ter,de Nicholas Philibert (2002)
O documentário mostra a rotina de uma escola no interior da França em que crianças de várias idades dividem a mesma sala de aula, modelo educativo comum na região. Além de ressaltar a influência do educador na formação dos alunos, “Ser e Ter” abre a mente para as diversas possibilidades de educação.
The Wall, de Alan Parker (1982)
Com o roteiro escrito por Roger Water, ex-Pink Floyd, “The Wall” faz uma crítica ao ensino voltado somente para a acumulação de conteúdo, sem relacioná-lo com a rotina dos alunos, e também à opressão muitas vezes exercida por professores autoritários.
Waiting for Superman, de Davis Guggenheim (2010)
A crise da educação pública nos Estados Unidos é o tema central do documentário, que apresenta ainda a busca incessante dos educadores por uma saída dentro de um sistema problemático.
Entre os muros da escola, de Laurent Cantet (2009)
O filme francês expõe o choque cultural e social dentro de uma sala de aula, entre professor e alunos que vivem em constante conflito.  Como sustentar um projeto pedagógico quando os estudantes não demonstram disposição e interesse é o foco da questão.


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Especialistas fazem 5 apostas para o ensino superior


Como serão as universidades daqui a 10, 20 e 30 anos? Esse foi um dos principais questionamentos lançados a um grupo de pensadores, investidores e empreendedores norte-americanos que se reuniram recentemente na Universidade de Nova Iorque (NYU, da sigla em inglês) para um debate sobre o futuro do ensino superior. Entre os painelistas do encontro estava o presidente da NYU John Sexton, o professor da Escola de Negócios de Harvard, Clayton Cristensen, e Zach Sims, CEO da Codecademy, plataforma gratuita focada no ensino de programação. Todos receberam a mesma missão: levantar seus pontos de vista à respeito do impacto da tecnologia, especialmente do aprendizado on-line, sobre o ensino tradicional.
Pela diversidade de formação dos palestrantes, as previsões não poderiam ser mais plurais. No entanto, em um ponto, todos os participantes estão de acordo, como bem levantado até mesmo pelo mais conservador do time, o presidente da NYU. “Vivenciamos um momento de radical reestruturação do ensino superior. O status quo não é mais uma opção”, diz Sexton. Confira as principais apostas levantadas pelo portal Inc.:
crédito ftfoxfoto / Fotolia.com
 
1. A tecnologia pode ajudar as universidades a descobrirem talentos
Para John Sexton, responsável pela terceira universidade mais cara dos Estados Unidos, no futuro, as faculdades irão passar por um processo de consolidação por conta do impacto da tecnologia. “Mas isso não significa que as universidades tradicionais irão desaparecer”. O grande desafio dessas instituições que “ficarem de pé”, segundo ele, será realizar um forte trabalho na identificação de estudantes talentosos para fazerem parte do seus quadros discentes. “Especialmente aqueles que não tem recurso para financiar os estudos”, diz.
“Atualmente, realizamos um péssimo trabalho nesse mapeamento. Mas se nós soubermos utilizar a tecnologia de forma apropriada, poderemos transformá-la numa identificadora de talentos”, fala Sexton.  Criar plataformas para oferecer orientação acadêmica e capazes de identificar e apoiar bons estudantes de qualquer lugar do mundo, especialmente os mais pobres, é uma das possibilidade levantadas pelo acadêmico. Para tanto, ele cita a parceria feita pela NYU com a organização sem fins lucrativosUniversity of People (Universidade das Pessoas, em inglês). A entidade tem um portal que oferece formação e treinamento on-line para estudantes superdotados. Os mais destacados tornam-se candidatos elegíveis para estudar no campus da NYU em Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
2. A tecnologia mais acessível pode tirar os estudantes das universidades
Para o professor da Escola de Negócios de Harvard, Clayton Cristensen, as discussões sobre o futuro do ensino superior têm relação direta com os ciclos naturais dos processos de inovação. “Inicialmente, produtos e serviço são caros e complicados. Apenas os ricos têm acesso a eles”, fala citando o caso dos primeiros computadores e TV’s liberados para parte da população americana durante as décadas de 50 e 60. “Depois, de forma lenta, mas segura, mais pessoas começam a migrar para a nova inovação. Essa mesma lógica pode ser aplicada à educação”, diz.
Para Christensen, o problema ocorre justamente quando há uma demora por parte de muitas instituições de ensino a tornarem seus serviços mais acessíveis. Principalmente, porque seus modelos de negócios não permitem tal democratização. É nesse cenário, que surgem novos possibilidades mais atentas a uma população representativa que não desfruta de determinados serviços até então. “As primeiras pessoas que se aventuraram no ensino on-line eram aquelas que não tinham condições de frequentar instituições de prestígio como a NYU. Para elas, a opção do ensino à distância era melhor do que nada”.
Segundo o professor de Harvard, a tecnologia se tornará cada vez melhor. Mas, para ele, essa não é a questão principal a ser focada pelas instituições. O papel delas nesse processo e como agirão nesse contexto é o principal ponto que deve ser levado em conta.
3. Os estudantes vão exigir treinamento de habilidades práticas
A própria trajetória da fundação da Codecademy, por Zach Sims, ilustra bem essa previsão. A criação da plataforma, há dois anos, só foi possível depois que Sims decidiu abandonar a Universidade de Columbia, onde cursava Ciência Política. Segundo ele, a educação que recebia na instituição – uma das mais renomadas dos EUA –, não preparava o estudante para a vida real. “Na verdade, dois terços dos graduados acabam precisando de mais formação após a conclusão do curso”, fala.
“Nós ainda estamos focados em oferecer um modelo de cursos de dois a quatro anos de duração que não trabalha as habilidades que as pessoas precisam desenvolver para buscar um emprego ”, diz Sims. É por isso que o jovem de 23 anos aposta no modelo de aprendizado descentralizado e autônomo do Codecademy. “Programação é parte das linguagens necessárias no século 21. Nós achamos que programar ajuda a pessoa a ter diferentes pontos de vista e a alcançar seus sonhos”, falou o jovem ementrevista ao Porvir.
4. A universidade se tornará “destrinchada”
Para o investidor Albert Wenger, um dos participantes do debate promovido pela NYU, no futuro, as universidades tendem a serem mais “destrinchadas”. “À princípio, quando as universidades surgiram, quando o estudante queria ouvir alguém falar era preciso estar na mesma sala do interlocutor, quando se queria ter acesso a um livro, era necessário ir até a biblioteca. Mas isso já não faz mais sentido”, Wenger.
De acordo com ele, startups e outras empresas surgirão com o propósito de oferecer soluções que buscam inovar ainda mais a experiência universitária. A Science Exchange é um exemplo que aponta nessa direção. A empresa é uma espécie de mercado comunitário on-line voltado a prestadores de serviços científicos. Lá, tanto fornecedores quanto pesquisadores oferecem suas especialidades além de administrarem os seus projetos.
5. A universidade de amanhã não se parecerá com uma universidade
Clay Shirky, do Instituto de Jornalismo da NYU, que também participou do evento, prevê para o futuro o surgimento de mais instituições especializadas, como a Universidade Rockefeller, focada em pesquisas biomédicas. Para ele, muitas dessas novas instituições “sequer se parecerão com uma universidade”. O projeto Polymath, é um dos exemplos citado por Shirky. Ela se diferencia das demais universidades digitais por “focar em educar os alunos para concluir um projeto, não uma disciplina”.
“Se você pensar na universidade atual, logo vai pensar nas estruturas rígidas que fazem parte da rotina acadêmica: a ideia de classe, de curso, de disciplinas, de crédito, de departamento. No entanto,  nenhuma delas é algo real. O que é real são os alunos. O conhecimento das coisas é real. Ser capaz de fazê-las também é algo real. As pessoas, no futuro, vão encontrar formas alternativas de ensinar essas coisas. É a partir desse processo que o disruptivo aparecerá”, sentencia Shirky.
Com informações do portal Inc.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

França lança sua 1ª plataforma nacional de Moocs


Depois da entrada do Reino Unido ao mundo dos Moocs  (os cursos on-line, abertos e gratuitos oferecidos por instituições de renome), com a criação da plataforma Future Learn, chegou a vez de mais um membro da comunidade europeia se juntar ao time. Neste mês, o governo francês anunciou o lançamento da France Université Numerique, a primeira plataforma a oferecer cursos dessa natureza no país e a primeira do mundo a ser lançada por um governo.
Desenvolvida a partir de uma parceria entre o edX e o Ministério de Educação Superior francês, o portal estreia em janeiro já com 18 cursos que vão desde história, matemática, biologia, filosofia e direito, até tecnologias, saúde, sustentabilidade e gestão. As inscrições para os cursos estarão abertas a partir do dia 28 de outubro.
crédito earlytwenties / Fotolia.comFrança lança sua 1ª plataforma nacional de Moocs

Em todo o país, estima-se que mais de 100 instituições vão usar o France Université Numerique, ou Universidade Digital Francesa, em livre tradução. “Esta é a primeira vez que um ministério da educação nacional adotou aprendizagem on-line”, disse o presidente edX Anant Agarwal ao anunciar a parceria. O portal francês foi desenvolvido com a tecnologia do edX, plataforma de Moocs lançada pelas universidades de Harvard e MIT e que se tornou de código aberto em meados deste ano. “A adoção da plataforma edX na França é um testemunho do poder da educação on-line e do potencial das plataformas com códigos abertos”, completou.
Na França, boa parte das instituições de ensino superior é pública. O portal – que contou com um investimento de 12 milhões de euros – funcionará como um espaço virtual em que as universidades compartilham seu conhecimento. Até agora 9 instituições já confirmaram a produção de cursos, dentre elas: Universités de Bordeaux 3, Montpellier 2, Paris 2 e Polytechnique.
A chegada desse novo modelo on-line e interativo apresenta uma alternativa à forma tradicional de se lecionar em solo francês, que se baseia em anfiteatros cheios de alunos e um professor à frente falando por horas. Esse novo investimento no universo digital permitirá a adaptação de processos pedagógicos da enorme diversidade dos públicos universitários de hoje e de amanhã, a partir do acompanhamento mais personalizado dos estudantes por meio da interatividade dos cursos, das relações com os professores, de fontes pedagógicas confiáveis e disponíveis a qualquer lugar e a qualquer momento.

Link: http://porvir.org/porcriar/franca-lanca-sua-1a-plataforma-nacional-de-moocs/20131017