quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

iBooks 2: a Apple olhando para os livros didáticos

Fonte:  http://teceducacao.com.br/


Cumprindo a expectativa causada pela biografia de Steve Jobs, em que é citado o desejo de fazer com que o iPad revolucione o mercado de livros didáticos, na última quinta-feira (19/01), a Apple anunciou o aplicativo iBooks 2. A novidade é uma atualização do aplicativo iBooks, para a leitura de livros no iPad, iPhone e iPod Touch. Porém, a diferença é que agora a aposta está em livros que misturem recursos em 3D, vídeos e músicas aos textos de materiais didáticos.
Esse não é um formato novo, diversos outros livros digitais, disponíveis no próprio iPad, já oferecem essa experiência multimídia. Mas a empolgação do anúncio é por conta da estrutura preparada para fazer com que o iBooks 2 possa ser utilizado por instituições de ensino e caia nas graças de editoras de materiais didáticos. Para seguir os calendários escolares, o aplicativo possibilita que capítulos de apostilas sejam atualizados periodicamente, de acordo com a programação escolar. O leitor/aluno pode facilmente marcar trechos do livro, criar resumos de conteúdo a partir de suas anotações e responder questionários ou testes, com feedback imediato.
No entanto, as novidades são ainda mais interessante para as empresas produtoras de conteúdo educacional. Para incentivar a criação de livros para o iBooks 2, a Apple disponibilizou gratuitamente o iBooks Author, um software para a criação de e-books. Até então, a criação de livros com recursos multimídia dependia de muito investimento, por conta da programação específica para o sistema operacional do iPad. Com o iBooks Author um livro pode ser diagramado a partir de uma interface semelhante ao do PowerPoint, em que basta arrastar o recurso desejado e encontrar o melhor posicionamento na tela. O envio do livro à loja acontece pela mesma ferramenta. Os preços são definidos pelo autor do livro, desde que não passe do limite de 15 dólares. Para cada unidade vendida, 70% do valor fica com o autor e 30% com a Apple.
É difícil falar em revolução. Nos Estados Unidos, várias editoras, como a Pearson, foram anunciadas como parceiras no projeto. Acordos amplos com empresas de conteúdo e a facilidade de editar os novos livros podem, realmente, acelerar a digitalização dos materiais didáticos.
No Brasil as coisas não mudarão de uma hora para outra. Apesar do domínio do iPad entre os tablets, a maioria das escolas que adotaram esse modelo de computador optou por marcas mais baratas, e utilizam versões em .pdf de livros e apostilas. Aqui, o preço do iPad é um grande obstáculo à idéia de economia que a tecnologia poderia trazer. E acima disso tudo, resta saber o que uma revolução nos livros digitais pode fazer pelas escolas, professores e alunos, se todas as outras coisas continuarem iguais.

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